Classe Minas Geraes

Classe Minas Geraes

Minas Geraes durante seus testes marítimos. O navio registrado na fotografia é frequentemente confundido com o São Paulo, porém a imagem foi tirada antes dele entrar em serviço.
Visão geral  Brasil
Operador(es) Marinha do Brasil
Construtor(es) Armstrong Whitworth
Vickers
Em serviço 1910–1952
Características gerais
Tipo Couraçado
Deslocamento 21 500 t (carregado)[1]
Comprimento 165,61 m[1]
Boca 23,31 m[1]
Calado 8,54 m[1]
Propulsão 2 eixos verticais de tripla expansão Vickers
18 caldeiras Babcock & Wilcox
23 500 hp
Velocidade 21 nós (39 km/h)[1]
Autonomia 3.600 milhas náuticas à 19 nós ou 10.000 milhas náuticas à 10 nós.[1]
Armamento 12 canhões de 305 mm/calibre 45
22 canhões de 120 mm/calibre 50
8 canhões de 37 mm[1]
Tripulação 900 (quando comissionados) e 1.173 (após a modernização)[1]

A Classe Minas Geraes[nota 1] consistia em dois couraçados construídos para a Marinha do Brasil no início do século XX. Os navios eram o Minas Geraes, nomeado em homenagem ao estado brasileiro, e o São Paulo, nomeado em homenagem ao estado e à cidade. Eles foram construídos com a intenção de ajudar o Brasil a se tornar uma potência internacional, e consequentemente iniciaram uma corrida armamentista naval na América do Sul.

Em 1904, o Brasil começou um enorme projeto de construção naval que incluía três navios de guerra de 11 800 toneladas cada. O projeto e encomenda dos navios demorou dois anos, porém esses planos foram abandonados depois do revolucionário conceito do couraçado Dreadnought ter deixado o projeto brasileiro obsoleto. Dois couraçados foram então encomendados, fazendo do Brasil o terceiro país do mundo com tais tipos de navio em construção, antes mesmo de potências tradicionais como Alemanha, França e Rússia. Por causa disso, os navios brasileiros causaram uma grande agitação internacional, com muitos incorretamente especulando que eles se destinavam a outro país.

Pouco após serem entregues, em 1910, Minas Geraes e São Paulo foram envolvidos na Revolta da Chibata, em que as tripulações de quatro navios brasileiros exigiram o fim dos castigos corporais na marinha. Os revoltosos se renderam após quatro dias, quando um decreto foi aprovado garantindo anistia para todos os envolvidos. Em 1922, os dois couraçados foram usados para por fim a uma revolta no Forte de Copacabana. Dois anos depois, tenentes do São Paulo se amotinaram, mas encontraram pouco apoio de outras unidades militares e acabaram navegando até Montevidéu, Uruguai, pedindo asilo. O Minas Geraes foi modernizado na década de 1930, porém os dois navios eram muito antigos para participarem ativamente da Segunda Guerra Mundial, e assim foram empregados na defesa dos portos de Salvador e Recife. O São Paulo foi vendido para um desmantelador britânico em 1951, porém afundou ao norte dos Açores durante uma tempestade enquanto era rebocado para seu destino final. O Minas Geraes foi vendido para um desmantelador italiano em 1953, sendo rebocado para Génova no ano seguinte.

  1. a b c d e f g h NGB 1953.


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